Portugal venceu, este sábado, a República Checa por 31-28, em jogo da oitava e última jornada do Grupo 6 da fase de qualificação para o Campeonato da Europa Áustria 2010. Uma vitória que brindou o muito público que lotou por completo o Multiusos de Fafe, mas que – sabia-se antecipadamente – não foi suficiente para a equipa lusa "visar" o passaporte para o europeu.
Para a derradeira partida do Grupo 6, e frente a uma República Checa com um grupo de jogadores muito renovado - se comparado com o que há poucos dias derrotou Portugal (30-26) em Plzen - o seleccionador nacional prescindiu de Dario Andrade, David Tavares, Bosko Bjelonovic e Bruno Moreira e chamou ao sete inicial, o guarda-redes Hugo Laurentino e o jovem lateral esquerdo Nuno Grilo, embora que apenas nas funções atacantes. Portugal fazia três substituições "defesa x ataque’", o que, sob o calor abrasador que se fazia sentir no pavilhão e frente a uma equipa muito rápida na reposição de bola, causou sérias dificuldades.
Passados os primeiros minutos em que as defesas estiveram bem melhor que os ataques, Portugal chegou à primeira vantagem de quatro golos aos sete minutos (5-1).
Do outro lado, o ataque da República Checa mostrou-se pouco inspirado, às vezes até, displicente. Daí que o resultado ao intervalo (14-9) só surpreendesse quem não esteve no Multiusos de Fafe.
Para o segundo tempo, o seleccionador procedeu a algumas alterações, passando a utilizar Tiago Rocha na posição de pivô e Eduardo Salgado a atacar do lado direito. A República Checa até recomeçou melhor mas rapidamente Portugal voltou a colocar a diferença no marcador em cinco golos, à passagem do minuto 39 (19-14). Alguns erros sucessivos do ataque luso permitiram à formação checa o número de contra-ataques suficientes para se começarem a aproximar no marcador. A 15 minutos do fim, o marcador mostrava que o jogo estava em aberto (23-22), mas os minutos finais mostraram uma equipa checa mais feliz e um pouco mais fresca.
No final do jogo, Mats Olsson disse: “Tínhamos vários objectivos para este jogo e um deles era ganhar por cinco. Não conseguimos cumprir esse objectivo…. Queríamos provar, por números que poderíamos ser apurados, mas só vencemos por três. Acabei de sair do balneário onde dei os parabéns aos jogadores pelo trabalho que fizeram num jogo difícil, sob vários sentidos. Embora a República Checa viesse com uma equipa jovem, há que reconhecê-lo, mas, como disse o seu treinador, muitos destes jogadores estão a tentar entrar nas suas opções para o europeu para o qual já estavam previamente apurados. Era uma motivação extra. No nosso caso, já estávamos afastados do ‘europeu’, mas mesmo assim os jogadores fizeram um excelente trabalho para estarem moralizados para o jogo. A equipa cumpriu bem, num pavilhão muito quente. E há que reconhecer que não temos muitos jogadores que façam as posições de ataque e defesa. Fábio Magalhães e Carlos Carneiro são praticamente os únicos. E fazer tantas substituições ‘defesa x ataque’ frente a uma equipa que joga muito rápido, torna-se difícil e proporciona o contra-ataque do adversário, que usa esse argumento como arma letal. Ainda estamos muito longe da França, mas estamos muito perto da República Checa, tal como da Sérvia ou Eslováquia, por exemplo O que falta? Muita competição, muitos torneios como este em que é preciso fazer quatro jogos em 10 dias, com viagens pelo meio”
Fábio Magalhães: “E sempre gratificante participar nestes jogos da selecção ‘A’. Era um jogo muito difícil. Já sabiamos que não seríamos apurados deitou-nos um pouco abaixo e estava muito calor no pavilhão. Defendemos muito bem na primeira parte, depois tentamos jogar mais rápido e cometemos muitas falhas”.
Jiri Mika (treinador da República Checa): “Trouxemos uma equipa nova mas encarámos este jogo com muito respeito. Era um jogo muito importante, que me deu possibilidades de ver em acção um grupo de jogadores que habitualmente não é muito utilizado. Estou satisfeito com o jogo e com o resultado”.
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Fonte:FAP
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